Imani é uma encantadora história sediada em um quilombo repleto de ancestralidade e magia, chamado Rio da Lua. A protagonista, Imani, é uma menina destemida e observadora, que carrega nos olhos uma sensibilidade única para perceber o mundo ao seu redor — seja na direção do vento, na intensidade da luz, nos aromas ou nos sons. Seu grande desejo é participar das rodas de capoeira com as outras crianças, mas, ao embarcar na busca por um tesouro desaparecido, Imani aprende que enxergar vai muito além do alcance dos olhos. Essa narrativa sensibiliza leitores de todas as idades ao promover temas fundamentais como inclusão, acessibilidade, autonomia e a riqueza da cultura afro-brasileira, celebrando como nossas conexões com a natureza e com o outro podem revelar novos caminhos de entendimento e pertencimento.
“A rede social fortalece muito a leitura para jovens, basta saber usá-la. Podemos transformar essa realidade como ferramenta a favor do conhecimento. Temos a facilidade de várias leituras, como e-book. Além de livros físicos variados, é possível encontrar resenhas também, enfim, é interessante essa fusão”
Marcos Cajé, é pedagogo, professor e escritor baiano. Mestre em História da África, da Diáspora e dos Povos Indígenas pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), também é graduado em Filosofia e Pedagogia, além de especialista em Docência do Ensino Superior. Sua atuação como pesquisador e educador está profundamente ligada à valorização da cultura afro-brasileira e africana.
Cajé é o criador do termo “Literatura Afrofantástica”, um movimento que une ancestralidade, identidade negra e elementos fantásticos em narrativas voltadas, sobretudo, para o público infantil e juvenil. Suas histórias buscam promover representatividade, combater o racismo estrutural e inspirar novas gerações a reconhecerem suas raízes.
Ao longo de sua carreira, publicou diversos livros em importantes casas editoriais. Pela Editora Mostarda, lançou títulos como Imani, Meu pé de África, Uzuri, a guerreira de Ketu e Mestre Didi: Deoscóredes Maximiliano dos Santos. Já pela Editora Themba, publicou obras como Igbo e as princesas, Themba, o menino rei e O Macaco e a Onça, em um selo próprio que busca dar ainda mais liberdade à sua identidade literária.
Reconhecido nacional e internacionalmente, Cajé recebeu prêmios como o El Nevado Solidário de Oro (Argentina, 2021) e o Prêmio Latinidade (Brasil/Espanha, 2022). Atualmente, ele é uma das principais vozes da literatura negra infantojuvenil no Brasil, utilizando livros, palestras e redes sociais para difundir conhecimento, fortalecer identidades e ampliar o acesso a uma literatura transformadora.
Sobre o autor:
Marcos Cajé é Mestre em História da África, da Diáspora e dos Povos Indígenas pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (2017). Como escritor, Cajé é autor de Mestre Didi (2023), Pé de África (2024) e Uzuri: a guerreira de Ketu (2024) pela Editora Mostarda, Zula, a guerreira (2018), Amali e sua história (2017), Igbo e as princesas (2016) e Afrocontos: ler e ouvir para transformar (2014).
Sobre o ilustrador
Leonardo Malavazzi é formado em Marketing e trabalha com ilustrações voltadas para o segmento editorial. Utiliza diversas técnicas: desde a aquarela até a arte digital. Foi selecionado como um dos melhores ilustradores da América Latina pelo prêmio Latin American Ilustración com o livro Cada canto e seus encantos.
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