A noite é escura e a mata silenciosa.
Nada mais aparente e ilusório.
A mata fervilha de vida.
Na verdade, a mata pulsa, respira e avança pela existência sem que os que vêm e vão se apercebam disso.
É nessa paisagem de beleza intocável que se inicia um longo conflito entre duas criaturas distintas, mas unidas pela íntima e necessária relação com aquele ambiente.
Saguairu, o lobo-guará, foge das consequências da crescente proximidade humana, daquela gente estranha que se acha dona de tudo e de todos.
Teonguera, o velho caçador indígena, corporifica aquele mundo e a ele cabe caçar o guará e livrar seus patrões do astuto inimigo.
A caçada de Saguairu vai muito além do conflito que se faz em cada pedaço da grande floresta.
Desenrola-se em território incerto e bem mais amplo, representado por dilemas, dívidas e complexidade em que se insere a relação do ser humano com o ambiente que o cerca e com a própria existência. Saguairu é convite para a maior caçada de que qualquer um de nós poderia participar: a busca por nós mesmos.
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