Jurisvivência – Direito e Literatura na escrevivência de uma mulher preta, pobre e juíza
O compromisso da Editora Mostarda
A Editora Mostarda nasceu com o compromisso de publicar obras que inspiram reflexão, fortalecem a diversidade e contribuem para a formação de leitores conscientes desde a infância. Esse compromisso segue firme até hoje.
Além disso, a editora reconhece a importância de dialogar com leitores adultos em suas próprias demandas de conhecimento, reflexão e transformação.
Com o selo Referência, a Mostarda amplia seus horizontes. Esse selo foi criado para reunir títulos voltados ao público adulto, abordando temas de grande relevância social, política e cultural. Assim, a editora convida seus leitores a construir novos olhares sobre o mundo, por meio de livros que não apenas informam, mas também provocam mudanças de perspectiva.
Novos títulos e lançamentos
Um dos destaques dessa linha é Diário de uma ausência: Fragmento de memória, de Flávia Martins de Carvalho, juíza-ouvidora do STF. Trata-se de uma obra sensível e potente sobre luto, afeto e memória.
Em 11 de setembro, o Selo Referência lança um novo título: Jurisvivência: Direito e Literatura na escrevivência de uma mulher preta, pobre e juíza, também de Flávia Martins de Carvalho. Nesse livro, a autora une sua experiência na magistratura à força da literatura e da escrevivência, criando um diálogo profundo entre vida e Direito.
Com o Referência, a Editora Mostarda reafirma sua missão de publicar obras que geram reflexão, conhecimento e transformação, agora também voltadas ao universo adulto.
Sobre a autora
Flávia Martins de Carvalho é juíza de Direito do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) e, desde 2021, atua como juíza auxiliar no Supremo Tribunal Federal (STF). Em 2023, fez história ao assumir o cargo de primeira juíza-ouvidora do STF, tornando-se uma das vozes mais importantes na defesa da inclusão e da representatividade no sistema de justiça brasileiro.
Formada em Comunicação Social pela UERJ e em Direito pela UFRJ, onde também concluiu o mestrado, Flávia obteve o título de doutora em Filosofia e Teoria Geral do Direito pela USP, em 2024. Sua tese de doutorado deu origem à obra “Jurisvivência: Direito e Literatura na escrevivência de uma mulher preta, pobre e juíza”. Nesse trabalho, a magistrada propõe o conceito de jurisvivência, inspirado na escrevivência de Conceição Evaristo, para refletir sobre a importância das experiências das mulheres negras no campo jurídico. A ideia é ampliar a imaginação do Direito e transformá-lo em instrumento efetivo de justiça social, racial e de gênero.
Além da produção acadêmica, Flávia também atua em iniciativas institucionais, como a coordenação do projeto “STF na Escola”, que tem por objetivo explicitar o papel da Suprema Corte, da Constituição Federal e da democracia para estudantes do ensino fundamental e médio de escolas públicas e privadas. Em 2025, participou do 12º Encontro Nacional de Ouvidores Judiciais, com o tema “A jurisvivência das ouvidorias”, em que defendeu as ouvidorias como espaços de escuta democrática capazes de aproximar o Poder Judiciário dos grupos vulnerabilizados e com maior dificuldade de acesso a esses espaços de poder.
Mulher negra oriunda da Baixada Fluminense, Flávia Martins de Carvalho construiu uma trajetória marcada pela luta contra o racismo estrutural e pelo fortalecimento da diversidade no Judiciário. Sua atuação combina prática jurídica, reflexão crítica e compromisso com os direitos humanos, tornando-a uma referência na magistratura brasileira.






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